Arquivo de Maio, 2011

Portugal perdeu cerca de 159,5 milhões de euros com a pirataria de software durante o ano passado, de acordo com as estimativas por regiões incluídas no 8º Estudo Business Software Alliance Global Software Piracy e hoje divulgadas pela associação portuguesa que representa as empresas do sector.

O valor representa um decréscimo face às perdas de 174 milhões de euros reportadas em 2009, mas continua a ficar acima da média mundial no que respeita à taxa de pirataria, segundo as contas da Associação Portuguesa de Software.

De acordo com a ASSOFT, 52 por cento dos programas informáticos utilizados em Portugal durante o ano que passou eram pirateados, um valor 10 pontos percentuais acima da taxa média mundial – que desceu para os 42 por cento em 2010.

Como o TeK tinha avançado, também o valor global para as perdas associadas à distribuição de software ilegal registou uma descida, ficando-se pelos 59 mil milhões de dólares, cerca de 41 mil milhões de euros.

A tendência para o decréscimo da utilização de programas ilegais em computadores pessoais de marcas institucionais está patente na constatação de que esta diminuiu em 51 países e apenas cresceu em 15, no total de 116 economias analisadas.

Em Portugal, embora o estudo da BSA aponte um valor idêntico ao de 2009 para a pirataria entre os que usam PCs de marcas institucionais (40%), a ASSOFT estima que, somada ao software pirata associado aos produtos informáticos de linha branca (assemblados localmente), aos leilões e downloads da internet (12%), esta suba para os 52 por cento.

De acordo com a associação, para além das perdas que o valor representa para empresas, também o Estado “viu aumentar os efeitos da fuga aos impostos decorrentes da utilização de software pirata, tendo sofrido perdas de 36,7 milhões de Euros só em sede de IVA”.

Fonte: Tek.Sapo

A identidade dos 80 elementos do comando americano que aterrou em Abbottabad, no Paquistão, e matou Osama bin Laden, no domingo, tem sido alvo de muita especulação, mas não tanta quanto a que existe em torno do único elemento de quatro patas, escreve o New York Times. Pouco se sabe sobre aquele que poderá ser o cão mais corajoso dos Estados Unidos. Até a sua raça é alvo de grande interesse, embora deva ser um Pastor Alemão ou um Malinois Belga, adiantam fontes militares.

A utilização de um canídeo naquela operação reflecte o aumento da dependência das forças militares relativamente ao uso de cães na guerra, onde engenhos explosivos improvisados foram responsáveis por dois terços dos incidentes. Os cães têm demonstrado que são muito mais eficientes do que as pessoas ou as máquinas na identificação de bombas.

O general David H. Petraeus, comandante das forças americanas no Afeganistão, disse, no ano passado, que o Exército precisava de mais cães. “As capacidades que eles têm não se assemelham às dos homens e das máquinas”, disse.

O major William Roberts, do Defense Departement’s Military Working Dog Center, na base aérea do Texas, explicou que o cão utilizado no raid poderá ter procurado componentes explosivos e cheirado os puxadores das portas para detectar se alguém lhes tinha tocado. Com Saddam Hussein foi encontrado escondido num buraco estreito e escuro, no Iraque, a equipa do SEAL decidiram levar o cão no caso de bin Laden poder estar escondido numa divisão secreta construída no complexo habitacional onde foi morto. “Os cães são muito bons a detectar pessoas no interior das casas”, sublinha o mesmo oficial.

Outra das missões do cão seria a de capturar quem quer que tentasse fugir da casa nos primeiros momentos do ataque. Um Pastor Alemão ou um Malinois Belga corre duas vezes mais depressa do que uma pessoa. O sargento Kelly A. Myllot, responsável pela Base da Força Aérea de Langley, na Virgínia, considera que os cães são o meio ideal para capturar alguém que está a fugir sem ser necessário disparar na sua direcção. “Quando um cão vai atrás de um suspeito, ele está treinado para modê-lo e não o largar”, explicou.

Os cães podem também ser usados para controlar multidões, sobretudo no Médio Oriente. “Em alguns destes países, há uma aversão cultural aos cães”, refere o Major Roberts. “Os cães podem ser muito intimidatórios nessas situações”, acrescentou.

Fonte: Jornal de Notícias